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Num ambiente de verdadeira festa, numa movimentação jamais vistas no Parque 5 de Julho, comparado por muitos como o 5 de Julho de 1975, data em que se assinalou a independência de Cabo Verde, os símbolos nacionais como a bandeira, cachecóis, e t-shirts foram vistas como nunca dantes, num autêntico gesto de patriotismo.
O momento foi de muita euforia e mal o árbitro tunisino, Jedidi Slim, fez suar o apito final, a multidão exaltou de euforia, com cânticos e muisicas dos “Tubarões azuis”, numa festa que contagiou toda a capital, marcado por cortejo de automóveis apinhados por apoiantes da selecção cabo-verdiana por tudo quanto era artéria nesta cidade.
No meio desta euforia , cada um festejava a à sua maneira, ao som de batucada, gritos, apitos e muitos abraços, com alguns adepstos, como o conhecido apoiantes dos Travadores e afirmar-se “Dja nu ganha CAN”.
Em casa do Platiny, o médio ofensivo da selecção de Cabo Verde, agora apelidado de “Puto Maravilha”, encontramos a sala visita da avó, Maria Morreira, transformada num autêntico estádio de futebol, com a avó a morrer de emoção pelo futebol apresentado pelo neto.
Da sua viva voz, esta mãe de criação de Platiny disse ter perdido a voz de tanto “puxar pelo filho”, alegando mesmo que desde criança que este futebolista que actualmente milita na equipa portuguesa de Santa Clara havia manifestado a sua paixaõ pelo futebol.
Fonte: Binokulo
Cabo Verde, estreante na competição, apurou-se hoje para os quartos de final da Taça das Nações Africanas (CAN) de futebol, após derrotar Angola por 2-1, em Port Elizabeth, 1, na terceira jornada do grupo A.
O maritimista Héldon, aos 90+1 minutos, tornou épica a estreia dos “tubarões azuis” na CAN, conquistando a qualificação com poderoso pé esquerdo, finalizando um contra-ataque, numa altura em que o jogo estava “partido”, pois quem marcasse seria apurado.
Angola marcou primeiro, com autogolo de Nando (33 minutos), e foi defendendo o resultado até perto do fim, mas Fernando Varela (81) devolveu as esperanças ao conjunto de Lúcio Antunes, para, sobre o fim, Héldon colocar verdade no resultado.
Com ambas as equipas a lutar pela qualificação, o desafio foi muito aguerrido, embora nem sempre bem disputado: o equilíbrio reinou no primeiro tempo, no qual Angola foi mais feliz: Amaro (33 minutos) cruzou na esquerda e Nando, na pequena área, acabou por desviar para a própria baliza.
Cabo Verde reagiu, só que os seus avançados revelavam-se desinspirados – e algo ingénuos – na finalização, situação que se foi repetindo na etapa complementar, na qual os insulares foram, claramente, a melhor equipa.
Logo ao segundo minuto, poderia ter surgido o empate, não fosse Manucho Dinis substituir, por duas vezes no mesmo lance, o guarda-redes Lama na baliza, na segunda dos quais em cabeceamento de Júlio Tavares quase à queima-roupa.
Os insulares carregavam e Héldon (65 minutos), de livre, obrigou Lama a defesa incompleta, seguindo-se uma recarga de Marco Soares (68) que saiu por cima e uma jogada em que Djaniny (72) não dominou a bola na cara de Lama.
Angola segurava a momentânea qualificação com sofrimento, pois aos 78 minutos, Júlio Tavares, sozinho na “cara” do golo, cometeu a proeza de cabecear por cima.
O merecido empate surgiu pela cabeça de Fernando Varela (81 minutos), em recarga após novo corte de Manucho Dinis sobre a linha de golo, aumentando a emoção para os minutos finais.
Com o 2-2 entre África do Sul e Marrocos, apenas o triunfo servia às equipas lusófonas: as estruturas partiram-se e foi em contra-ataque que Cabo Verde provou a sorte que fez por merecer, consumada por Héldon no início do tempo extra.
Fonte:Binokulo