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Baltasar Lopes da Silva (Caleijão, São Nicolau, 23 de Abril de 1907 — Lisboa, 28 de Maio de 19891 ) foi um escritor, poeta e linguista de Cabo Verde que escreveu em português e em crioulo.
Foi, com Manuel Lopes e Jorge Barbosa, fundador da revista Claridade. Em alguns dos seus poemas usou o pseudónimo Osvaldo Alcântara. O seu romance mais conhecido é Chiquinho (1947). Escreveu também uma descrição dos crioulos de Cabo Verde, O Dialecto Crioulo de Cabo Verde, Lisboa, Imprensa Nacional, 1957.
Um poema seu, Ressaca, encontra-se no CD Poesia de Cabo Verde e sete poemas de Sebastião da Gama, de Afonso Dias.
Baltasar Lopes da Silva nasceu na aldeia do Caleijão na ilha de São Nicolau em Cabo Verde no dia 23 de Abril de 1907. Tendo concluído os seus estudos secundários no seminário de São Vicente, viajou para Portugal para estudar na Universidade de Lisboa. Durante o seu tempo em Lisboa, Baltasar Lopes estudou com importantes nomes da cultura portuguesa, como, por exemplo, Vitorino Nemésio e Câmara Reis. Formou-se em Direito e Filologia Românica, tendo sempre obtido excelentes notas durante os seus estudos na Universidade de Lisboa. Depois da universidade, Baltasar Lopes regressou a Cabo Verde, onde exerceu o cargo de professor no Liceu Gil Eanes em São Vicente. Após alguns anos foi nomeado reitor deste liceu. Chegou a deixar a colónia portuguesa mais escolarizada para ensinar em Leiria (Portugal) por um breve período, mas devido às dificuldades de relacionamento com a política portuguesa daquela época, regressou para Cabo Verde onde continuou educando e exercendo a advocacia. Os seus últimos dias foram passados em Lisboa onde foi transferido para tratamento de uma doença cerebrovascular, falecendo pouco depois, no dia 28 de Maio de 1989.
Fonte: Wikipedia
Mulher Cabo-Verdiana
Haja algo difícil!
Algo que mesmo chega a ser impossível.
Tanta beleza...
Bela como a natureza.
Tanto brilho...
Que reflecte o rio
Haja algo complicado!
Algo que chega mesmo a ser um pecado.
Haja algo tão imponente,
Algo que chega mesmo a ser um presente.
Algo tão diferente,
Como a água nascente.
Tão inocente,
Que chega a enganar o coração da gente…
Amar
Amar é ficar sem dizer nada,
E ficar sem saber como dizer algo.
Amar é viver,
Viver para crer,
Crer para saber,
Saber para deixar,
Deixar para encontrar,
Encontrar para amar.
Ame!
Mesmo que não saiba como expressar.
Mesmo que não saiba o que dizer.
Mesmo que não saiba o que fazer.
Ame!
Mesmo que não saiba ler.
Mesmo que não saiba Amar.
Autor: Fantasma