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Na sua comunicação à volta do tema “Educação e Inovação”, no quadro da Cimeira sobre Inovação em África, o ministro cabo-verdiano do Ensino Superior, Ciência e Inovação, António Correia e Silva, defendeu que as universidades africanas não têm conseguido produzir profissionais à altura das necessidades do mercado.
“A melhor forma de conseguirmos gerir bem a procura do conhecimento e a produção do conhecimento é um diálogo permanente entre as universidades e os sectores empresariais”, apontou o governante, sublinhando que, nos dias que correm, a academia, particularmente a africana, lida com o grande desafio de capacitar jovens para garantir competências que possam enfrentar o inédito, e treiná-los para a criatividade, iniciativa, a resiliência, liderança, e o empreendedorismo.
Correia e Silva disse ainda que a aposta na capacitação educativa para a inovação tecnológica, demanda da continuidade da política, estabilidade institucional e do consenso social.
No seu ponto de vista, educar demanda de inovações sobretudo no contexto africano, tendo em conta as questões como a equidade de acesso, a qualidade do processo pedagógico ou mesmo a sustentabilidade são frequentes no ensino em África.
Ainda na sua intervenção falou da experiência de Cabo Verde a nível da educação, onde tem introduzido inovações importantes ligadas às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), e de outros de carácter institucional. Nesse quesito mencionou que a inclusão tem sido um objectivo de política e uma prioridade nacional a nível do ensino superior, de modo a gerar mais massas críticas de profissionais qualificados, fazendo mudar o desempenho das organizações e elevar o nível da cidadania.
Recordou que o projecto A-Escola, ensino à distancia e a universidade aberta são medidas implementadas pelo Governo para alavancar a educação e investigação, e vai responder a demanda por mais justiça regional, um acesso às oportunidades de formação assim como a aspiração estratégica de levar o nível educativo a toda a nação.
“A partilha de edifícios, laboratórios, capacidades docentes entre o ensino secundário, superior e a formação profissional é uma resposta ao problema da sustentabilidade e da qualidade, conciliando-os com as aspirações legítimas das comunidades insulares em terem no seu território, ofertas diversificadas do ensino superior, técnico e de formação profissional “sublinhou.
Fonte: BINOKULU