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Uma carta de apresentação bem escrita pode abrir-te mais portas do que o teu currículo propriamente dito.

 

Apesar de não haver uma fórmula mágica para escrever uma carta de apresentação, há alguns pontos que deves ter em conta na altura de a escrever:

- Não repitas o teu currículo

Em vez de copiares as informações do teu currículo, descreve o que podes trazer de inovador para a empresa. Faz com que a empresa decida que vais fazer toda a diferença para a equipa.

- Identifica o receptor

Se no anúncio de emprego vier o nome da pessoa que o colocou, responde utilizando mesmo o nome dela. Começa, por exemplo, por: Caro André Matos... Começar uma carta com o nome de quem te vai recrutar em vez de "Caro senhor" pode ser um elemento diferenciador. Usa as tuas competências na internet para mostrar que te preocupas em causar uma boa impressão. Se o nome da pessoa não vier identificado, endereça-a ao departamento respectivo.

- Faz uma abertura apelativa


Escreve uma frase de abertura convincente. Imprime o teu cunho pessoal e escreve uma frase que te diferencie. Evite as frases feitas, como: "sabendo que a vossa empresa se encontra em fase de expansão..." ou "venho, por este meio, candidatar-me...".

- Sê assertivo

Prefere ser o mais sincero possível em relação às tuas aspirações, convincente, na apresentação dos teus pontos fortes e explica por que deves ser contactado para uma entrevista.

- Cuidado com o "eu"

 

Presta atenção ao número de frases que começam com "eu". Preocupa-te em centrar-te nos problemas da empresa e em como podem ser solucionados, bem como no sucesso da mesma.

- Explica o motivo da tua candidatura


É importante que o recrutador entenda que este emprego é importante para ti, porque te vai dar experiência e permitir desenvolver competências na área. Se conseguir que ele entenda isso, vais passar a ideia de que és ambicioso e de que pretendes evoluir.

- Procura ser objectivo

Três a cinco parágrafos são suficientes. Lembra-te: tempo é dinheiro e ninguém tem paciência para ler grandes textos.

- Sê tu mesmo

Nada de mencionar as áreas em que não tens experiência. Subvalorizar-te só serve para não te chamarem para a entrevista. Diz que tens boas capacidades, que aprendes depressa e que gostas de novos desafios.

- Não fales no ordenado

Não digas quanto pensas ganhar, a não ser que no anúncio o peçam.

- Termina bem a carta

Remate a carta, explicando que gostarias de ir a uma entrevista para explicar pessoalmente os motivos da candidatura e que aguardas um contacto.

- Associa a carta ao currículo

A tua carta de apresentação deve estar nos mesmos formatos e na mesma fonte que o teu currículo, para que formem um conjunto único, além de mostrar também o teu profissionalismo e a tua capacidade de organização.

 

Fonte: SAPOESTUDANTE

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publicado às 11:18


  Definição
  Encontro combinado ou conferência aprazada
Declarações que um jornalista obtém de alguém e depois faz publicar em forma de conversa.


Condições de uso
 Obter do entrevistado, no mais curto espaço de tempo e o mais claramente possível, informações sobre um tema de interesse.


Características gerais
 Comunicação oral com intercâmbio: presença de dois ou mais interlocutores – entrevistador/ entrevistado (celebridade, especialista, pessoa comum)
Incidência sobre assunto actual, com interesse, bem conhecido do entrevistado
Estrutura
 1.      Introdução
2.      Perguntas do entrevistado/respostas do entrevistado
N.B. A entrevista escrita geralmente é precedida de um título e, por vezes, de um subtítulo
 Linguagem
 Rigorosa, mas clara, directa e de fácil compreensão
Alternância do discurso directo e do discurso indirecto
Predomínio da função informativa da linguagem
Papel dos participantes
 O entrevistador coloca as perguntas
O entrevistado fornece as respostas ou estabelece-se um verdadeiro diálogo com o interlocutor (trocam opiniões, ideias e argumentos)
Em ambos os casos, o entrevistado deve compreender a pergunta formulada e responder de maneira directa, clara, concisa e franca
Os ouvintes,  a quem se dirige a entrevista, desempenham um papel activo, mas silencioso

 


Tipos
 Informação: dar a conhecer factos concretos e o desenvolvimento dos mesmos
Opinião: incide sobre a análise de um determinado facto, sob pontos de vista diferentes, através de comentários e interpretações sobre o conteúdo e os antecedentes relacionados com determinado tema do interesse dos ouvintes
Pessoal: o importante não é o facto em si, mas conhecer a opinião do entrevistado acerca de um determinado tema
Forma  Entrevista livre – conversa solta, no decorrer da qual o entrevistador recolhe elementos biográficos e sobretudo psicológicos sobre o entrevistado.
Entrevista dirigida: rigorosamente estruturada e conduzida pelo entrevistador, de acordo com um plano bastante preciso.
Entrevista não dirigida: caracteriza-se pela atenção silenciosa do entrevistador. Após a apresentação dos objectivos, deixa o participante exprimir, sem intervir e confiando a ele  o cuidado de descobrir sozinho os diferentes aspectos do problema e suas eventuais soluções.
Entrevista semi dirigida: parte-se de um plano, com perguntas livres, mas a partir das respostas do entrevistado outras perguntas são feitas, para aprofundamento, tendo em vista os objectivos.
Entrevista provocação: quando se coloca o entrevistado sob o fogo de perguntas incómodas.
Entrevista sobre uma pesquisa (necessário questionário)
Preparação da entrevista

 


 1. Elaboração do Guião da Entrevista: texto que serve de base à realização da entrevista
 Definir rigorosamente o tema, objectivo, o tipo e a forma da entrevista
Seleccionar o entrevistado
Informar-se muito bem sobre o tema da entrevista
Ter informações sobre o entrevistado
Representar claramente os ouvintes (a sua base sociocultural, o que pretendem saber, a linguagem por eles utilizada, …)
Dar a conhecer ao entrevistado o tema e uma ideia geral dos assuntos a serem abordados
Redigir as perguntas, de acordo com o tema, colocando-se do ponto de vista do público (o que ele gostaria de saber, as suas expectativas)
Redigir as perguntas de modo a evitar confusões, ambiguidades, respostas forçadas
Adaptar as perguntas à personalidade e ao nível sociocultural do entrevistado
Adaptar as perguntas às exigências da situação (momento da entrevista)
Estabelecer o número de perguntas
Ordenar as perguntas cronologicamente ou logicamente (de acordo com os objectivos, para obter o máximo de informações: mais geral/menos geral; mais importante/menos importante; mais delicado/menos delicado, …)
2. Preparar-se para adequar e adaptar as perguntas às novas situações, sem perder de vista os objectivos a atingir
3. Tipologia das perguntas


1)      Forma
Aberta (livre): o entrevistado responde livremente.
Ex. ” O que pensa da política educativa?”
 
Fechada: o entrevistado responde sim ou não.
Ex: “Está de acordo com a política educativa?”
 
De resposta múltipla: o entrevistado responde, escolhendo de entre várias possibilidades.
 Leque: Ex. “Quais dos seguintes aspectos requerem maior atenção na comunidade?  Indique três problemas que considera mais importantes. “

Serviço eléctrico
Habitação
Educação de adultos
Escolas
Transportes
Bibliotecas
Saúde
Correios
Telefones
Mercados
De avaliação: com graus de avaliação para um mesmo item
Ex. ” O que pensa da política educativa?”
 Aprovação total
Aprovação com reparos
Posição mal definida (nem sim nem não)
Desaprovação em certos aspectos
Desaprovação total
 
Ex.: “Interessa-lhe saber o estado das contas da cooperativa?”
Muito – Algo – Pouco – Nada – Não sei


2)      Natureza


De facto: sobre factos concretos (idade, sexo, domicílio, estado civil, nacionalidade, etc.)
De acção: sobre atitudes, decisões, acções realizadas. Ex.: “O Sr. praticou desporto alguma vez?”
 De intenção: o que se faria em certas circunstâncias
Ex.: “Em que partido votaria, se houvesse eleições antecipadas?
 De opinião: o que pensa ou opina sobre. “O que pensa da realização de eleições antecipadas?”


 3)      Modo de formulação
 Clareza/ objectividade/ precisão/ concisão/ adaptação ao entrevistado e à situação
Nem muito pessoais (o entrevistado não responderá, ou mentirá),  nem muito gerais (a sua resposta será banal)

 


Realização da entrevista
 Apresentar claramente o assunto aos participantes
Adoptar uma atitude positiva, aberta (nem condescendente, nem servil)
Formular perguntas adequadas ao tema e de acordo com os objectivos previamente definidos
Usar linguagem natural, de diálogo, adequada ao interlocutor (idade, estatuto sociocultural, personalidade, etc.)
Conduzir a entrevista de modo a levar o entrevistado a revelar aquilo que se pretende
Ser flexível, adaptando as perguntas às novas situações: modificar as perguntas, mudar a sua ordem ou fazer perguntas não previstas no questionário, dado que ainda que com o questionário elaborado, a entrevista pode tomar rumo imprevisível
Dar ao entrevistado tempo de responder.
Ouvir com interesse
Não interromper
Não discutir as respostas
Não revelar o seu pensamento ou influenciar o entrevistado.
Controlar a entrevista para não repetir as perguntas e para não deixar que o entrevistado passe a conduzir a entrevista. Se ele sair do tema ou fugir da questão, voltar atrás e insistir de novo
Não abandonar uma ideia, passando para outra sem que a primeira esteja clara
Reformular as respostas
Pedir esclarecimentos quando, por exemplo, o entrevistado usar uma linguagem pouco clara ou demasiado técnica
Atentar para a mentira, para os julgamentos sobre as aparências, para o poder de sugestão do observador sobre o assunto
Levar em conta as condições materiais, físicas e psicológicas da entrevista
Recusar o sensacionalismo
Não se incomodar com os agravos do entrevistado
Registar as respostas com fidelidade
Terminar a entrevista num ponto culminante, com um forte argumento ou com uma conclusão convincente
Agradecer ao interlocutor
Fazer um balanço no fim

 

Bibliografia
AMOR, Maria Emília. Didáctica do português. Fundamentos e Metodologia. Lisboa. Texto Editora. 1993.
CRATO, Nuno. (1982). A Comunicação Social. A Imprensa. Lisboa. Editorial Presença. Págs. 141-142
REI, J. E. Curso de Redacção II. – O texto. Porto Editora. 1995. pp.72 – 74; 135 – 139.
SKERATH, Barbara. “A Entrevista”. Deutsche Welle. Ausbildungszentrum. Curso de Notícias e Programas de Actualidade. Tradução de Afonso, Sant’Ana. Julho/Agosto 1991
VANOYE, Francis.. Usos da Linguagem: Problemas e Técnicas na Produção Oral e Escrita. S. Paulo. Martins Fontes. Págs. 163-165
 

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