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Cabo Verde é o 57.º país com pior alimentação no mundo. No entanto, em relação a países de expressão portuguesa, Angola está entre os três países com pior alimentação, em particular devido ao custo dos alimentos e à volatilidade dos preços, revela um índice hoje divulgado que coloca Holanda, França e Suíça como os três melhores.
O índice "Good Enough to Eat" ("Suficientemente bom para comer"), elaborado pela organização não-governamental Oxfam, avalia a situação alimentar de 125 países do mundo tendo em conta quatro questões: se as pessoas comem o suficiente, se as pessoas conseguem pagar os alimentos, se os alimentos são de qualidade e quais os malefícios na saúde provocados pela alimentação (obesidade, diabetes).
No topo da lista dos que melhor comem estão os holandeses, os franceses e os suíços, enquanto no último lugar está o Chade, antecedido da Etiópia e de Angola, ambos na penúltima posição.
Portugal ocupa a 8.ª posição, ex-aequo com a Irlanda, Itália, Luxemburgo e Austrália.
Todos os 20 melhores países são europeus excepto um (a Austrália), sendo a ausência de desnutrição e o total acesso a água potável os fatores que mais pesam na sua classificação.
Entre os 30 últimos, há 26 países africanos (incluindo Angola e Moçambique) e quatro asiáticos, Laos, Bangladesh, Paquistão e Índia.
No caso de Angola, os fatores que mais pesam na classificação são o custo dos alimentos e a volatilidade dos preços da comida, a que se soma a má diversidade nutricional e o reduzido acesso a água potável.
"Angola sofre o nível mais alto de volatilidade dos preços de todos os países no índice, exceto o Zimbabué", alerta a Oxfam, explicando que os preços elevados dos alimentos impõem um enorme custo humano aos pobres do mundo, que gastam até 75% dos seus rendimentos em comida.
A classificação de Angola no critério da volatilidade dos preços, acrescenta a organização, "reflecte a inflação elevada e instável que tem afectado toda a economia do país na última década, tornando difícil aos angolanos poupar e pagar necessidades básicas, incluindo alimentos.
No que diz respeito à qualidade dos alimentos, a Oxfam explica que 60% das dietas dos angolanos se baseiam em simples hidratos de carbono e quase metade da população não tem acesso a água potável para preparar os seus alimentos em segurança e com condições de higiene.
Entre os restantes países de língua Portuguesa, Moçambique está na 118.ª posição, sobretudo devido à falta de diversidade nutricional e ao reduzido acesso a água; enquanto a Guiné-Bissau está no 88.º lugar, São Tomé e Príncipe no 77.ª e o Brasil no 25.ª.
No comunicado em que apresenta o índice, a Oxfam, sediada em Londres, recorda que um em cada oito cidadãos do mundo "vai para a cama com fome todas as noites, apesar de existir comida suficiente para toda a gente".
"O consumo excessivo, a má utilização dos recursos e o desperdício são elementos comuns de um sistema de deixa centenas de milhões sem nada que comer", sublinha o comunicado.
Fonte: SAPOCV
A Guerra da Independência de Angola (1961-1974), que começou por um levantamento contra colheitas forçadas de algodão, tornou-se uma luta de várias facções pelo controlo de Angola com onze movimentos separatistas, acabando em 1975 quando o governo angolano, a UNITA, o MPLA e a FNLA assinaram o Acordo de Alvor, após a Revolução dos Cravos em Portugal do dia 25 de Abril de 1974. Foi essencialmente uma guerra de guerrilha na qual as Forças Armadas Portuguesas lutaram contra vários grupos independentistas armados e dispersos por algumas zonas escassamente povoadas do vasto território angolano administrado por Portugal. Quanto a posições exteriores, os grupos nacionalistas revoltosos puderam contar principalmente com o apoio da República Democrática do Congo; em relação a Portugal, houve apoio por parte da África do Sul. Várias atrocidades foram cometidas por todas as forças envolvidas no conflito.
Fonte: Wikipedia