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Violências ao Vento

por JM, em 03.11.12

“O parlamento cabo-verdiano tornou-se numa lavandaria, onde lucra-se para lavar roupa suja.”

              Jay Monteiro

 

 -Jovem de 19 ano foi brutalmente espancado até a morte na manha deste domingo;

 -Jovens de Eugénio lima clama a morte do amigo Viny na semana passado em tira chapéu;

 -Indivíduo assalta residência mão armada e sequestra uma jovem;

 -6 Indivíduos assaltam supermercado “Calu e Ângela” à mão armada;

 - Familiares da vítima dizem ser ameaçados de morte pelos thughs;

 

 

O que foi ou é um fenómeno parece ser agora uma Tradição. Tradição de assassinar pessoas aos fins-de-semana, o que testemunha o aumento significativo de atrocidades na cidade, e isto, na minha visão, devia ser inadmissível e intolerável. Com certeza essa onde de violência que vem devastando a cidade de praia inibi o desenvolvimento social da cidade da praia e de Cabo verde. Agora pergunto, estão os cabo-verdianos interessados no crescimento de Cabo Verde? Os políticos realmente estão interessados no desenvolvimento social de Cabo Verde. Se sim, onde esta a tomada de atitudes?

 

Sou categórico em afirmar que “os agentes políticos vivem nas sombras dessa violência urbana”, que vem devastando Cabo Verde e particularmente a cidade da praia. Eles não sabem ou não querem saber. Porém, se for do interesse particular empenham numa contenda sem fim (Guerra Fria), mas se for de interesse dos cabo-verdianos não querem saber


Onde estão os culpados?

 

Afirmo, é a sociedade cabo-verdiana a culpada desse aumento. Se todos os cabo-verdianos (políticos, empresários, estudantes, professores, outros…) empenhassem numa campanha anti-thugh como empenham nas campanhas eleitorais; Se os políticos empenhassem em gastar dinheiro nas campanhas anti-thugh, como gastam nas campanhas eleitoras, (OBS: nas campanhas eleitorais eles saem a ganhar). Teríamos com certeza acabado ou se não atenuado essa onda de violência que infelizmente já converteu-se num costume.

 

 Quando se fala em festivais não há problema em desembolsar dinheiro, isto é, quando o assunto é de menos importância ou banal em relação a esta onda dehomicídios na cidade da praia, não há problema em mover fundos. Quero perguntar aos cabo-verdianos. O QUE VOS IMPEDE DE SAIR A RUA E DIZER BASTA?

 

 Artigo escrito por: Jay Monteiro



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publicado às 12:28


13 comentários

De Angelo Rocha a 01.02.2013 às 08:34

O artigo além de mostrar a real situação social de Cabo Verde, ainda apresenta críticas em relação a posição dos cabo-verdianos, particularmente aos agentes políticos cabo-verdianos. A meu ver o problema vem da base, isto é, das famílias que não sabem ou que não tem formação suficiente para educarem os seus filhos e os entreguem a sociedade, e estes o marginaliza. Por isso Jay Monteiro, o artigo, é a meu ver, muito crítica, porém não deixa de dizer a verdade.

De Anilda Martins a 04.02.2013 às 01:04

Achei o artigo muito intrigante e contageadora . A meu ver, os problemas começam principalmente na família, porque uma família que prepara os filhos para a sociedade, e estes filhos estão mal preparado, o problema recai sobre a sociedade. Sim, volto a reiterar, a educação começa na casa. Quero parabenizar-vos pelo blog e pela iniciativa, e dar-vos forças para continuarem.

De Balmer a 04.02.2013 às 10:18

Tinda nhos ca entendi ma es problema ca ta resolve a força...violência ta trasi mas violencia, nos tudo nu tem exemplo di pais como brasil, merca etc di 2001 ti hoje aumentado só policia e praia fica ca bes mas violento, e cu kel política li di da cu pó, nu ca ta bai num cau.... solução sta na Educação.....e nos policias ca sta preparado pa tal.....

De Fatima a 04.02.2013 às 10:19

LOL E SI PROPI .. INDA BEM MA BO E DI KES KI SA ODJA KUZAS DI BOM MANERA Balmer Rosario thanks

De Helton a 04.02.2013 às 10:28

Duas medidas que poderiam ser incluídas numa petição, juntamente com mais medidas, preventivas e repressivas, e levadas para discussão no parlamento. Que tal lançar uma campanha de recolha de ideias, sugestões e medidas, anexa-las a uma petição e entrega-las ao parlamento?

http://kabuverdinos.blogs.sapo.cv/19978.html?mode=reply#reply

De Helton a 04.02.2013 às 10:31

Eis as duas Medidas...

Por Elias da Rosa Silva

Há vários anos que o país está a viver debaixo de terror de grupos auto e denominados thugs, devidamente localizados e identificados, que utilizam armas de fogo e brancas de fabrico industrial e artesanal, que não têm um alvo pré-definido, roubam, assassinam, violam, pilham indiscriminadamente.

Na Praia, capital do país, ninguém se atreve a andar na rua durante dois minutos sem voltar a cara para ver se algum desses seres malignos se aproxima, uma vez que as suas acções são semelhantes às praticadas na Libéria durante a presidência de Charles Taylor.

Apenas três exemplos de entre dezenas de diabruras que podemos apresentar: i) uma sexagenária, D. Analina, humilde senhora que só consegue levar a panela ao lume graças à venda de bananas, num dia de azar, no Paiol, em busca do pão de cada dia, sentiu um objecto pontiagudo na parte traseira do pescoço - era mais uma vítima dos thugs. Perguntou o quê queriam - ela preferia bananas, mas eles responderam - brincos. Ela disse: “Nhos tra ku jeitu, sen da-m pankada” ao que um respondeu: “Nos muve é rápidu, nu ka ten tenpu”. E zás! A senhora teve que ser socorrida e suturada com vários pontos no hospital Agostinho Neto para recompor os lóbulos das suas orelhas; ii) um velho na zona de Calabaceira, na casa dos setenta, passou o maior vexame da sua vida, por se tratar de um badio de fora, muito pudico, quando foi levado à presença da mulher e filhos como veio ao mundo, porque no seu passeio caiu na teia dos thugs que o deixaram nu, pelo facto de ter sido encontrado sem um tostão depois de uma revista minuciosa; iii) a Polícia Nacional, na sua ronda auto, viu um círculo de quatro pessoas na rampa que dá acesso a Lém-Ferreira, parou para ver o que se passava, três puseram-se em fuga. O único que ficou, um homem de meia-idade, tinha três moedas de 10 escudos na boca que estava a ser obrigado a engolir depois de já ter engolido uma de 20. Era o castigo por ter apenas 50 escudos, quantia que os thugs menosprezaram.

Andar a pé nos bairros com relógios de pulso, no pulso, com computadores portáteis, câmaras fotográficas é um convite ao assalto à mão armada. O músico e compositor Zé Henrique, falecido recentemente, perguntava numa das suas belas composições onde estava Tabanka Tomba Torro e tecelões da ilha de Santiago. Eu pergunto às mulheres desta ilha onde estão os seus brincos roda pião, xó de bola, os trancelins, os célebres cordões de 2,20m que davam quatro voltas ao pescoço. Elas responder-me-ão que estão no fundo dos baús para elas não serem assassinadas.

Numa cidade carente de transporte público, onde os taxistas não entram na maioria dos bairros à noite, as pessoas estão a guardar os seus doentes em casa, durante toda a noite para só os conduzir ao Banco de Urgências ao raiar do Sol por medo dos thugs. Um senhor da Zona 4, em Ponta d´Água, confidenciou-me que prefere que os seus morram de doença em casa do que “matados pelos thugs a caminho do hospital”. Estes “guerrilheiros” têm o país submetido a uma guerrilha que vem mostrar que em termos estratégicos, afinal Amílcar Cabral errou. Segundo alguns combatentes, o nosso herói nacional, depois de mandar formar homens em Cuba, no final da década de 60, desistiu da luta de guerrilha em Cabo Verde porque as condições geográficas principalmente em termos de vegetação não eram propícias e o abastecimento em termos de armas e munições eram impossíveis.

Hoje 50 anos depois, temos grupos armados com metralhadoras Kalashnikov (AK-47), pistolas Makarov, Walther, revólveres de fabrico americano, boka-bedju de fabrico nacional que conseguem abastecimento com munições do exterior nestas ilhas, para as suas investidas contra pessoas indefesas, contrariando dessa forma aquele que ainda hoje é considerado um dos raros políticos e estrategas militares.

De Um Emigrante a 04.02.2013 às 10:41

Então por seres assim e os outros, temos de levar convosco e não reclamar?Era o que faltava. Eu não tenho de vos aturar por que fizeram mer... e asneiras na Terra do tio SAM. Eu quero andar na rua, tenho esse direito, e sem ter de estar sempre atento a um palerma como vós.O Sr. Elias tem toda a razão.Eu ia mais longe: Arranjava um corpo policial só com conhecimento do Sr. 1º Ministro, Ministra da Administração Interna e Ministra das Finanças, porque tinham de ser pagos. Treinava-os durante algum tempo. DUrante algum tempo só serviriam para seguir os delinquentes de perto, para os cadastrar. Depois era matá-los e deixá-los ao relento para que fossem enterrados como indigentes.

De Excelento artigo a 04.02.2013 às 10:43

Excelente artigo. Sê-lo-ia ainda mais se não tivesse invocado o nome do "Thug" Evandro de Carvalho. Ele é o pior dos criminosos, coberto pela capa negra, refugio dos cobardes e oportunistas. Tudo o que vem nesse é de extremo valor e acho que o governo deve ter em conta. Mas, repito. Evandro de Condão de Santiago é um perverso criminoso.

De Helton a 04.02.2013 às 10:33

...O país já perdeu muito e continua a perder ante o olhar passivo dos nossos representantes no Parlamento que continuam insensíveis à dor das muitas mães que já perderam filhos, filhos que já perderam pais e que estão fartos de ouvir dos polícias: “Dona djes da fidju nha pankada, djes fuxi, nu ka tem más nada faze fora de flagrante delito! Oke é sai di ispital é ta bem apresenta kexa, nu ta faze prusesu nu ta manda Tribunal”. Diríamos nós, “mais um processo para ir engrossar os mais de 30 mil existentes e aguardar a prescrição”. E, infelizmente, muitas vítimas não puderam apresentar queixa porque em vez de alta hospitalar foi-lhes passado atestado de óbito. A situação é de tal forma dramática que aconselhei um familiar radicado na Europa, há mais de trinta anos que pretende regressar definitivamente à sua cidade da Praia, que reconsidere a sua decisão e aguarde por melhores dias.

Já tocaram a ferida, cidadãos ilustres que exerceram cargos de muita responsabilidade no país, como o ex-Presidente da República, Dr. Mascarenhas Monteiro, que também não é leigo em matéria de Direito, por ser um eminente jurista, ter sido Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, quando manifestou indignação ante a impunidade causada pela decisão da justiça perante a criminalidade na cidade da Praia. Victor Borges, ex-Ministro da Educação, defendeu o “uso proporcional e judicioso da força do Estado e da justiça para prevenir situações anómalas”; o Procurador Evandro de Carvalho, num acto heróico, defendeu aquilo que os seus pares sabem e dizem mas só em privado - a alteração da legislação para combater a delinquência. No entanto, tais opiniões não foram suficientes para despertar a classe política.

É nossa profunda convicção que duas medidas seriam suficientes para pormos fim ao stress causado pela insegurança, pancadarias, assassinatos, violações, sequestro e vários outros actos de terror que vêm assolando o país. Quaisquer outras seriam medidas paliativas que nos deixariam daqui a 20 anos a conviver com os mesmos males. A primeira medida seria o Governo de Cabo Verde considerar os auto e denominados grupos de thugs como grupos terroristas e consequentemente tratá-los com tais. Não há outro termo possível, quem fabrica, transporta e utiliza armas de fogo para atacar cidadãos indefesos não tem outro nome. É assim mesmo no estado do Vaticano. Nos EUA, o fundador da Wikileaks, Julian Assange, que não praticou violência alguma, não utilizou arma de fogo é considerado terrorista. Os tradicionais grupos terroristas no mundo como a ETA, os White Powers (supremacia branca) Sendero Luminoso, Hamas, Hezbolla, Tigres Tâmiles normalmente poupam crianças e velhos, têm como alvos preferenciais as autoridades judiciais, militares, forças de segurança, governos.

Não tenhamos medo da reacção da Comunidade internacional, pela certa, a União Europeia, Os Estados Unidos da América, a Amnistia Internacional, mesmo a inoperante União Africana concordarão connosco e nos apoiarão, pois tratando-se de terroristas são implacáveis.

A segunda medida seria a criação de um Tribunal Especial para julgar e condenar exemplarmente os terroristas, os fabricantes de armas e as pessoas que lhes dão guarida. Quanto à sua captura e entrega ao Tribunal, ficaria a cargo das Forças de Segurança e das Forças Armadas, pois estão identificados, as nossas condições geográficas são propícias para essas operações, seria ainda uma oportunidade para a recém-criada Guarda Nacional se exercitar pondo à prova alguns “brinquedos” adquiridos, na década de oitenta, na ex-União Soviética e China que estão com lâminas enferrujadas de tanta falta de uso. Em 45 dias, dos terroristas, só não estarão entregues ao Tribunal Especial, os exímios nadadores que conseguirem a proeza de completar quatrocentas e cinquenta milhas e atingir a costa dos países vizinhos do nosso continente.

De NADA a 04.02.2013 às 10:45

Opiniões varios e com conteúdo. É preciso que o governo esteja atento as opiniões da população. É a liberdade, livre circulação e a democracia que esta em causa. Não se pode falar da liberdade e democracia se não temos nem uma nem outra. Acrescentaria uma coisa só. criar uma prisão de alta segurança sem acesso a visita para pessoas desse calibre. Esssa gente não tem dó nem piedade, tem mentes vazios. matam por matar. Diria mais, são mais perigosos do que os traficantes de droga. Os traficantes de droga são considerados criminosos e perseguidos porque os nossos governos recebem ordem superiores do Norte. Estão esquecendo simplesmente de criar condições para proteger os seus cidadões que contrebui para manutenção desse pais. Meu amigo Elias, obrigado. Eu ainda deria mais, nessa materia sou radical como os thags, fuzilamento selectivo. Que deus me perdoe mas não há outra alternativa. Estamos a criar outra situação. Não se pode colocar policias militares a lutar contra tagues para depois verem os bandidos asolta e correm risco de serem vitimas na rua.

De Um Emigrante 2 a 04.02.2013 às 11:57

MIL E UMA ROSAS PARA O SENHOR ELIAS DA ROSA SILVA. PARABENS PELAS SUAS IDAEIAS FANTASTICAS. EU VIVO NUM PAIS ONDE SOU PERSEGUIDO HA JA VARIOS ANITOS. PRIMEIRO COMECARAM A PERSEGUIR-ME, POR EU TER EXIGIDO OS MEUS DIREITOS DE CIDADAO. E HOJE SOU PERSEGUIDO PELO MEU PATRAO PORQUE EU NAO BAIXO AS CALINAS E NESSA EMPRESA ELES NAO ACEITAM OUVIR NAO. ALGUNS PATRICIOS JA FORAM COMIDOS PARA SEREM ACEITES. ISTO TUDO EM PLENO CENTRO DA EUROPA, NUM PAIS COM FAMA DE SER SERIO E HONESTO. NAO TENHO NADA CONTRA QUEM BAIXA AS CALINAS E POE SE A 4 PATAS, SO QUE EU NAO JOGO ESSE JOGO AI. JA ME FIZERAM DE TUDO NESSA FIRMA FAMOSA E DE GENTE SERIA. PARA PRESSIONAR OS falsos caboverdianos A ENTRAR NO JOGO DELES, ELES USAM OS NOSSOS ANTIGOS COLONOS MANDRONGUES. VOU LHE DAR AQUI ALGUNS DESSES TRUQUES QUE ESSA gente USA CONTRA MIM. EM CABO VERDE E COM A CUMPLICIDADE DA TACV, ELES MUDARAM O A MINHA VIAGEM E DESVIARAM A MINHA MALA. CONCLUSAO, CHEGUEI AQUI NESTE CONCRETE JUNGLE SEM MALA E AINDA FUI HUMILHADO NO AEROPORTO...MANDARAM ESTRAGAR O CARRO DO MEU IRMAO, SO PARA ME OBRIGAREM A ANDAR A PE OU GASTAR UMA FORTUNA NO ARRANJO DO MESMO. SEM CONTAR OS MEUS DIREITOS LABORAIS QUE ME FORAM ROUBADOS. E PABENS PARA O JAY MONTEIRO PARA ARTIGO E AO ELIAS PELAS SOLUSOES!!!!

De MARQUINHO a 04.02.2013 às 12:01

Gostei do artigo do Jay Monteiro, o nome do artigo e BASTANTE INTRIGANTE...Quanto as solucoes apontadas pelo Elias..o texto esta bem ,so que começa a falhar quando se quer tratar os nossos " descendentes " de terrorristas. eles foram muitos rapatriados de paises tais qu’America e Cabo Verde recebe dinheiro para os acolher . hà coisas mais simples para fazer ,... os ilheus,santa luzia , e que tal da uniao do povo, o povo de Cabo Verde nao è unido , e portanto os nossos governantes estàao la por que foram eleitos pelo Povo . Nhos corda hà medidas menos radical, mas a democracia tambem , onde uns comem e outros na^o nhos atcha ma sta dreto ?

De corruptos a 05.02.2013 às 19:40

ESKA TA FAZE NADA, PMD DINHERO ESTA GUARDA SO PA ES..... AES E SO CORRUPTOS....THUGHS DO GOVERNO

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