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Cabo Verde não é um país da qual alguém iria se esquecer, a arte, a gastronomia, a música, a morabeza enfim a cultura. Ela é diversificada, ampla, extraordinária e estrondosa. Ou foi?
…Hoje ouvi alguém a dizer que a “Morabeza” não é mais de que uma palavra comercial, ou melhor dizendo, tornou-se comercial. Será que a cultura cabo-verdiana está a tornar-se muito comercial?
O batuque já não é tradição do terreiro, mas sim de palcos e festivais, ou seja levaram aquilo que era tradição para os palcos. Mas, a pergunta é, o batuque de hoje, a gravação de CD e os vídeos que as batucadeiras gravam, vestindo roupas indecentes e mostrando partes íntimas do corpo, é cultura, é tradição?
“Forti sodadi” do antigo funaná, do ferro e da gaita. O que faz-se hoje foge muito a regra do puro funaná. Muitas vezes torna – se numa ”porcaria”.
“Sodadi “Code Di Dona”. Alguns cantores de hoje trocam os instrumentos e os temas do funaná. Qual é a real essência do nosso funaná?
Será que todo isso não é uma mera situação de “arte zen contra titanic”? se for, qual é o impacto ou as consequências?
“A essência da minha cultura está na verdadeira representação dela…”
Fantasma